A arte de multi-tasking

Quero compartilhar com vocês um experimento que rapidamente demonstra que muitas vezes iniciar uma tarefa antes de terminar outra pode ser desperdício de tempo.

Pegue um papel, uma caneta e um cronômetro e em 2min você realizará dois experimentos que ajudarão a validar a hipótese acima.

Experimento 1) Cronometre o tempo para você escrever o mais rápido possível a sequência de 30 elementos dos número de 0 a 9, das letras de A a J e dos números romanos de I a X. O resultado final deve ser:

0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 A B C D E F G H I J I II III IV V VI VII VIII IX X (se não couber em uma linha no papel, não tem problema, utilize a linha de baixo.)

Anote o tempo que você levou!

Experimento 2) Agora, você vai re-escrever os mesmo 30 elementos, o mais rápido que puder, só que de forma diferente. Ao invés de escrever de 0 a 9 e depois de A a J e depois de I a X, você vai escrever os mesmo elementos, só que alternando um elemento de cada tipo por vez, ou seja, um número, seguido por uma letra do alfabeto, seguida por um número romano. O resultado deve ser: 0 A I 1 B II 2 C III 3 D IV 4 E V 5 F VI 6 G VII 7 H VII 8 I IX 9 J X.

Anote o tempo que você levou e compare com o tempo do primeiro experimento.

Resultado dos meus Experimentos Multi-Tasking
Resultado dos meus Experimentos Multi-Tasking

Qual experimento você foi mais rápido?

Eu demorei 23s na primeira sequência e 34s na segunda, ou seja, o segundo experimento me tomou 40% mais tempo.

Fazendo uma analogia com projetos, podemos dizer que a sequência toda é um projeto, que pode ser subdividido em 3 tarefas (números, letras do alfabeto e números romanos) e que cada tarefa possui 10 sub-tarefas (0 a 9, A a J, I a X).

Analisando o primeiro experimento, em 23s eu havia terminado por completo as 3 tarefas e todas as suas 10 sub-tarefas de cada, totalizando 30 sub-tarefas.

No segundo experimento, em 23s eu não havia terminado nenhuma tarefa por completo e ainda precisei de mais 40% de tempo para terminar qualquer tarefa por completo. No primeiro experimento, a primeira tarefa terminou por volta dos 8s, a segunda por volta dos 15s e a terceira em 23s. No segundo experimento, qualquer tarefa terminou em 34s, ou seja, em um projeto em que quanto mais rápido melhor, o segundo experimento perde feio para o primeiro.

Se você conseguiu fazer o Experimento 2) mais rápido que o Experimento 1), isso significa que você manda muito bem em multi-tasking, mas isso não é comum para a maioria das pessoas, faça o teste com outras pessoas e poderá observar isso. A ideia é que quando trocamos de tarefa, gastamos um tempo para sair de uma e entrar na outra, também chamado de switch time. No Experimento 1), trocamos de tarefa apenas 2 vezes, já no Experimento 2), trocamos de tarefa 29 vezes.

Assim, podemos ver que muitas vezes é melhor você começar uma tarefa apenas depois de terminar a atual. A ideia de que quanto antes começarmos, o quanto antes vamos terminar pode ser apenas uma ilusão.

Aprendi este exercício na aula de CSPO (Certified Scrum Product Owner) que aconteceu nesta última segunda e terça-feira com o professor Heitor Roriz.

Compartilhe aqui os tempos que você demorou em cada um dos experimentos!

Abs!

Jantar filosófico

Acabei de chegar em casa e queria registrar o aprendizado da noite.

Fui jantar com minha sócia, Mariani, e com o Rafael e o Rodrigo da HE:labs. Queríamos retribuir a atenção que eles nos deram no Rio e também para trocar idéias e falar de negócios. Fomos no Coco Bambu do Lago Sul queria e recomendar demais o Camarão em Crosta com risotto de limão siciliano. Rodrigão também aprovou, já a Mari disse preferir o Internacional, que também é uma ótima pedida.

Conversamos sobre negócios, jantamos, e quando parecia que já tínhamos falado bastante e estávamos prontos para partir, aí é que começou a parte boa da conversa, falamos sobre metas de vida, o que é felicidade, espiritismo, dor, sofrimento, necessidades, enfim, assuntos bastantes complexos e delicados, e foi muito maneiro poder ouvir os diferentes pontos de vista.

O que pude perceber ao longo da conversa foi que a gente tem objetivos de vida em comum, sendo um deles impactar positivamente um número enorme de pessoas, mas o caminho que cada um enxerga para chegar lá é bem distinto.

Dentro dos aprendizados da noite, gostaria de destacar o do conceito de felicidade que o Rafa falou que veio do espiritismo e que se baseia em três princípios: fé no futuro, consciência tranquila e atender às necessidades. Achei demais, acho que tem tudo a ver e independe de religião, vou tentar pensar nisso com mais frequência. Fiz uma analogia com startups, onde dizemos que muitas startups falham não porque não conseguem construir o produto que se propuseram, mas porque constroem o produto errado, ou seja, que não tem mercado, já no âmbito da felicidade, muitas pessoas não conseguem ser felizes, não porque não conseguem cumprir os itens da sua lista de necessidade, mas porque construíram a lista errada.

O que quero dizer é que muitas vezes as pessoas projetam sua felicidade em algo material, conseguem, ou compram, ou ganham aquilo, tem um momento curto de felicidade, ou alegria, não quero entrar no mérito, mas depois passa e ela volta para o mesmo estágio anterior à ter o bem material. Ou seja, projetou a felicidade em algo errado.

Outra coisa que aprendi foi diferença de dor e sofrimento. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional. O que entendi disso tudo foi que todos nós não podemos evitar a dor, vamos ter dor, mas sofrer com ela é algo que depende muito mais de nós do que da dor em sí. Concordei demais com isso, mas é claro que não é fácil optar por não sofrer, mas pra mim faz muito sentido e devemos pensar muito sobre se estamos sofrendo por antecipação ou desnecessariamente. Me lembrou muito a frase do Lance Armstrong: “Pain is temporary. It may last a minute, or an hour, or a day, or a year, but eventually it will subside and something else will take its place. If I quit, however, it lasts forever.”

Curti demais escrever este post, são assuntos que me deixam muito intrigados e me dá vontade de refletir sobre cada vez mais. Com certeza virão mais posts sobre isso! Abraços e boa noite!

Blog pessoal ou profissional?

Já ouvi e li muitas vezes para separarmos a vida pessoal da profissional, não usar Facebook para assuntos de trabalho e coisas do tipo. Bom, até certo ponto eu concordo, mas acredito que isso depende muito da posição que você ocupa no mercado de trabalho e do estilo de vida que você leva pessoalmente.

Essa preocupação de não querer misturar vida pessoal e profissional chegou a ser um dos motivos que me fizeram procrastinar e não iniciar a escrever aqui no Zarpei há mais tempo. Eu queria falar de trabalho e da vida pessoal aqui no blog, mas tinha na cabeça que isso era “errado” e aí eu não falava nem de uma coisa e nem de outra. Felizmente, decidi escrever sem planejar praticamente nada desde o dia 10/junho/2013 e até agora está tudo certo!

Pra dizer a verdade, nem sei se eu conseguiria separar minha vida profissional da pessoal. Meu relacionamento pessoal tem influência direta nos negócios da Ink. Como somos uma agência pequena, nossos clientes vem sempre de indicações de amigos ou de outros clientes. Praticamente nunca fizemos prospecção, ou seja, venda totalmente passiva, que tenho certeza que vem do relacionamento pessoal de toda a equipe no dia-dia. O que, pra mim, reforça que vida pessoal e profissional andam juntas.

Essa mistura de vidas foi algo que percebi muito lá no Vale do Silício também. Lá, toda hora é hora de falar de negócios e as pessoas gostam disso. Aqui no Brasil vejo muita gente que fica contando as horas pra sair do trabalho pra descansar e tomar uma cerveja. Se você falar de negócios elas falam logo: “Ah não, por favor, não vamos falar de trabalho não, quero relaxar!”. Sei lá, não sei como é o trabalho dessas pessoas, mas imagino que não seja algo que a deixa realizada. Eu adoro sair, seja a hora que for, para falar de negócios, pois é uma ótima oportunidade de trocar experiências e aprender.

Trabalhando e passeando no CalTrain de Palo Alto à São Francisco
Trabalhando e passeando no CalTrain de Palo Alto à São Francisco

Pode parecer clichê, mas é aquele ditado: “Faça o que gosta e não terás que trabalhar um só dia.” Se você se vê com uma vontade imensa de acabar logo o dia pra sair do trabalho para ir pra casa ou pra um bar, será que você não está trabalhando no lugar errado? Já considerou enviar seu currículo para outras empresas?

Acabei de perceber um fato curioso, falei que no Vale as pessoas não separam tanto quanto no Brasil o assunto pessoal ou de negócios, seja lá onde você estiver né? Mas quando se trata de redes sociais, isso eles fazem muito mais que a gente. Durante o TechCrunch Disrupt 2012, recebi vários convites para adicionar no LinkedIn e no Facebook apenas daquelas pessoas que fiquei mais brother. Aqui no Brasil recebo mais convites no Face que no LinkedIn, curioso isso.

Por isso, pelo menos por enquanto, vou continuar misturando tudo por aqui porque acredito que o saldo será positivo.

Ninguém lembra do seu cartão de visitas?

Não terminei de escrever todos os aprendizados do LSM no post de ontem, mas hoje gostaria de mudar um pouco de assunto. Comecei o curso de Certified Scrum Product Owner – CSPO e estou curtindo demais. Foi lá que surgiu o tema para o post de hoje: “Ninguém nem lembra de cartão de visita”.

O professor do curso, Heitor Roriz, muito top by the way, perguntou o que era aquilo em cima da mesa, apontando para o meu porta cartão de visitas. Expliquei o que era e ele deu uma zuada de brother dizendo que era frescura e tal, que carregava o dele na carteira. Aí, expliquei que guardar cartão na carteira era ruim porque amassava e também porque cabiam poucos, foi então que ouvi a hipótese: “Ninguém lembra do seu cartão de visitas mesmo.”

Não resisti! Você já viu o cartão de visitas da InkMustache? Você lembra dele? Eu sei que nem todo mundo que já viu pode lembrar, mas eu tenho fortes indícios de que a maioria das pessoas que já recebeu ainda lembra, tenha uma semana, um mês ou um ano. Poha, até o Steve Wozniak, fundador da Apple, quando recebeu meu cartão, pelas minhas mãos, falou que já o havia recebido antes*. Além disso, até hoje, 98% das pessoas pra quem eu entreguei o cartão sorriram quando eu fiz o gesto de colocar ele à frente do rosto.

Steve Wozniak, co-fundador da Apple
Steve Wozniak, co-fundador da Apple

Falando de gente importante e famosa, não foi só o Woz que curtiu o cartão da Ink não. Essas pessoas também foram clicadas com o bigodinho mais simpático de um cartão de visitas:

Bel Pesce (fundadora do FazINOVA)
Bel Pesce (fundadora do FazINOVA)
Mikkel Svane (fundador do ZenDesk)
Mikkel Svane (fundador do ZenDesk)
Madruga (produção da Globo)
Madruga (produção da Globo)
Katie do Twitter
Katie do Twitter
Zane do Prezi
Zane do Prezi
Felipe Matos (fundador do Startup Farm)
Felipe Matos (fundador do Startup Farm)
Evernote
Evernote
YouTube got Ink
Jarek Wilkieciz do YouTube

Talvez eu esteja errado, mas as fotos acima me levam a crer que não, e que a hipótese: “Ninguém lembra do seu cartão de visitas” é inválida! E o seu cartão, como é? As pessoas lembram dele?

Caramba, até o mascote do Go Horse Process foi flagrado =)

Mascote do Go Horse Process
Mascote do Go Horse Process

* Quando o Woz esteve aqui em Brasília, pedi pra um contato meu, próximo a ele, entregar meu cartão e tirar uma foto dele com o bigodinho da Ink. Valeu Césão! Algumas horas depois, tive o  privilégio de conhecer e conversar com o Woz por quase meia hora! Foi demais!

O que aprendi em um final de semana

Já imaginou quanta coisa você pode aprender em apenas um final de semana?

Hoje foi o último dia do curso Lean Startup Machine – LSM aqui no Rio e já estou no aeroporto voltando pra Brasília, amanhã cedo começa outro curso, o de Certified Scrum Product Owner.

O que é o LSM? É uma maneira de você testar uma ideia rapidamente e com poucos recursos. É uma maneira de praticar os princípios de Lean Startup. Sua ferramenta principal é o Validation Board, que achei a melhor com que já trabalhei e que pode ajudar bastante os empreendedores que estão em busca de construir algo que as pessoas realmente querem e vão usar.

Definimos várias hipóteses ao longo das últimas 48 horas e fomos pra rua entrevistar as pessoas pra testa-las.

Tudo que vou listar como aprendizado, a seguir, não são verdades, mas apenas indícios de um comportamento que pode se repetir em escala. É muito mais qualitativo do que um estudo quantitativo. Serve como um norte. É um ponto de partida e sugiro que antes de aceitar como válidas as afirmações a seguir, que seja feito um estudo quantitativo também. Durante as entrevistas, o que pudemos aprender foi:

Aprendizados da primeira entrevista, de 12h50 às 13h50: 11 entrevistados na Favela da Rocinha:

  • As pessoas estão insatisfeitas com a situação do país
  • As pessoas sabem que querem melhoria na saúde, educação, transporte e corrupção
  • A saúde foi sempre o principal problema apontado pelos entrevistados
  • Dentro da saúde, o principal problema apontado foi a falta de médicos
  • As pessoas apóiam as manifestações, mas são contra a violência
  • As pessoas sabem que vandalismo e manifestação são coisas distintas
  • As pessoas tem medo da violência nas manifestações
  • Algumas pessoas não vão em manifestações com medo da violência
  • As pessoas gostariam que houvesse liderança nas manifestações
  • Nenhum dos entrevistados foi nas manifestações
  • Uma geração de jovens da favela nunca foi ao Maracanã, como acontecia com seus pais, pois antigamente o preço era alguns mirréis e hoje é centenas de reais.
  • As pessoas não apontaram violência como um dos top 3 problemas enfrentados

Aprendizados da segunda entrevista, de 16h às 18h30: 10 entrevistados em frente à casa do prefeito Sérgio Cabral.

  • Os manifestantes querem uma liderança.
  • Apesar das pessoas quererem uma liderança nas manifestações, elas tem receio de uma só pessoa liderar o movimento, querem liderança, mas descentralizada
  • Os manifestantes querem lutar sem violência
  • Os manifestantes sabem que querem melhoria na saúde, educação, transporte e corrupção
  • Alguns manifestantes sabem que a saúde, educação e transporte podem melhorar, mas tem dificuldade de dizer ações mais pontuais que deveriam ser pautadas neste momento
  • Os manifestantes sabem que tem que registrar tudo que acontece nas manifestações e criar uma mídia própria, pois a mídia tradicional distorce os fatos.
  • Os manifestantes não abrem mão da sua causa e acham válido a reinvidicação dos outros
  • Os manifestantes usam redes sociais, jornais, mídias sociais…
  • Os manifestantes querem paz, protestar sem violência e com a segurança da polícia, para protege-los dos vândalos

Bom, esses foram alguns dos aprendizados que tive do final da noite de sexta até o final do dia de sábado. Hoje, domingo, teve muito mais, mas vou ficando por aqui, meu vôo já começou a embarcar e a fila já está acabando. Qual a sua opinião sobre isso? Concorda, discorda? O que você aprendeu neste final de semana?

Pitch manifeste.me
Pitch manifeste.me

Não consegui postar porque a fila do avião andou rápida demais e estou postando de Brasília. Aproveitei para incluir uma foto da apresentação do aprendizado do nosso time e do MVP que desenvolvemos neste final de semana, o http://manifeste.me e o concierge que levamos pra rua, o http://vote.manifeste.me . Seu feedback é mais que bem vindo, fique a vontade para criticar ou sugerir o que quiser! Abraço!

O que a Rocinha e o Leblon tem em comum?

Hoje foi o segundo dia de Lean Startup Machine. Está sendo muito maneiro, aprendendo bastante!

Eu e Rafael fizemos um pitch sobre os problemas que o Brasil está vivendo e o porquê das manifestações, tudo para tentar entender quais perrengues os manifestantes estão passando para se mobilizar em prol de uma causa.

É impressionante a velocidade das pessoas encontrarem problemas e proporem soluções hoje em dia. Como o 3G dos celulares dos manifestantes não funciona muito bem durante as manifestações devido a alta concentração de antenas num pequeno espaço físico, as pessoas não estavam conseguido postar os registros do que estava acontecendo em tempo real. Pra isso, alguns moradores próximos às manifestações liberaram seus wifis e alguns manifestantes carregaram roteadores nas mochilas para amplificar o sinal pra galera, incrível né?

Saímos pra rua hoje de manhã para validar alguns problemas e foi muito maneiro. Fomos à Rocinha conversar com alguns moradores e em seguida fomos ao Leblon conversar com os manifestantes que estão acampados em frente à casa do Governador do Rio, Sérgio Cabral.

Na Rocinha, foi unânime que o problema mais urgente é a saúde, principalmente a falta de médicos nos hospitais e as longas filas de espera. Falaram também do absurdo que é a PEC37 e o que mais me marcou foi o depoimento de um senhor que falou que antigamente ia sempre ao Maracanã e pagava apenas alguns mirréis por jogo. Agora, ele não tem condições de levar o filho nem para conhecer o Maracanã, porque os preços dos ingressos estão absurdos. O povo frisou também que apóia as manifestações, mas repudia qualquer ato de violência.

Favela da Rocinha
Favela da Rocinha ligada nos últimos acontecimentos

No Leblon, a pauta era a mesma: saúde, PEC, futebol e violência, sendo este último tema, o que estava sendo evidenciado na frente da casa do Governador. Os manifestantes chamavam atenção para a violência gratuita de alguns policiais em manifestações anteriores, contra alguns manifestantes que protestavam pacificamente. Hoje, tudo estava em clima de paz, e os policiais que estavam guardando o prédio do governador até aceitaram pedaços de bolo de chocolate dos manifestantes em sinal de respeito mútuo.

Foi muito interessante perceber que apesar da distância social entre moradores da Rocinha e do Leblon, ambos estão insatisfeitos com a realidade do país e identificaram no Brasil praticamente os mesmo problemas. Será que é só o Arnaldo Jabor e o Governo que não enxergam?

Já são quase meia noite e amanhã tem mais logo cedo. Vou indo nessa, bom final de semana!

Pesca Mortal

Por falar em aproveitar o tempo, ontem depois de 4 horas de atraso de vôo, finalmente embarquei para o Rio. Era para termos descido no Santos Dumont, mas uma coisa que eu nunca tinha visto aconteceu, juntaram quatro vôos em um avião maior e fomos para o Galeão, onde eu conheci o Marcelo, que tem um lifestyle muito interessante e planos de se aventurar no Alaska.

Como juntaram quatro vôos em um, não havia mais lugar marcado e nessa, sentei na cadeira do meio entre o Sérgio e o Marcelo, duas pessoas que acabara de conhecer. O Marcelo ouviu eu falar Alaska enquanto conversava com o Sérgio, perguntou se eu havia ido pra lá, ainda não fui, quero muito! Começamos então a conversar, e o Marcelo me falou que estava indo pro Alaska embarcar naqueles barcos que pescam Caranguejos-Reais.

Barco pesqueiro do Caranguejo-Real do Alaska
Barco pesqueiro do Caranguejo-Real do Alaska

Achei incrível, eu assistia de vez em quando a série Pesca Mortal na Discovery, mas nunca podia imaginar que iria conhecer um desses pescadores aqui no Brasil, do nada. Ele me explicou que antigamente haviam 35 desses barcos, mas agora foi imposto um limite de 25 devido ao alto número de mortos, é uma das atividades com maior índice de mortes do mundo. Há dados de uma morte por semana durante a temporada ou uma morte a cada 300 pescadores.

Esses barcos só podem pescar os Caranguejos-Real e nada mais, e somente durante alguns poucos meses, durante o outono e inverno. Imagina o friozinho agradável do inverno no Alaska! OMG!

O Marcelo é Instrutor de Segurança Náutica e Operador de Embarcações de Resgate em Águas Abertas. Já trabalhou em vários eventos de segurança e também em cima de jets-skis na segurança dos surfistas de onda gigante, como Carlos Burle.

Marcelo no treinamento de atletas para o Red Bull Big Wave Africa
Marcelo no treinamento de atletas para o Red Bull Big Wave Africa

Quem se interessar mais pelo assunto, o Marcelo Assumpção Ulysséa é presidente do Instituto Anjos do Mar do Brasil – IAMB (www.anjosdomar.org) e também tem sua empresa que ministra cursos, e presta serviços de segurança náutica (www.anjosdomar.com.br)

Não desperdice seu tempo!

Hoje resolvi começar a escrever mais cedo, talvez não tanto por opção, mas pelas condições. Estou em São Paulo, indo pro Rio, vôo marcado para às 10h44, são 10h26, mas há mais de meia hora que o aeroporto de Santos Dumond está fechado para pouso por questões metereológicas. Resolvi escrever para aproveitar o tempo de espera, e vai ser o tópico do post de hoje.

Estava falando exatamente sobre isso ontem com meu brother Kinkas ontem aqui em Sampa. Valeu Kinkas pela hospedagem grátis =). Estávamos comentando que algumas vezes nos encontramos em situações em que perdemos tempo e as vezes muito tempo, preciosos. Muitas vezes aguardar ou esperar nos dá a sensação que estamos jogando no lixo um trecho de nossas vidas. Acho que é inevitável nos encontrarmos em situações assim, onde estamos perdendo tempo. O que fazer nessas horas então?

Bom, como a vida é curta demais para desperdiçarmos tempo e algumas situações são inevitáveis, então será que não dá pra transformar essas situações em algo mais proveitoso?

O que fiz hoje de manhã para não perder tempo foi fazer o check-in do meu vôo pela internet, não estou com malas para despachar e saí da casa do Kinkas 2 horas antes do horário previsto de partida, para ter uma folga caso houvesse congestionamento. Não houve trânsito e acabei chegando mais cedo no aeroporto. Ao invés de eu ficar vendo a hora passar, ou seja, desperdiçando meu tempo, aproveitei para ler um PDFzinho de 11 páginas para um curso que vou fazer em Brasília no próximo dia 24 de junho. Terminei de ler o material e os vôos continuavam atrasados e então resolvi escrever este post, utilizando um timer que venho usando recentemente para medir minha produtividade e ajudar a estimar melhor as minhas atividades.

Cube Timer
Cube Timer

Acho que quase sempre você pode aproveitar o tempo de espera para fazer algo útil, seja ler, escrever, estudar, trabalhar, conhecer a pessoa ao lado. Você pode até descansar, ou dormir, mas eu sinceramente espero que você só faça isso se realmente estiver precisando!

Abaixo um vídeo do que fiz enquanto esperava para ir para a gravação do Programa do Jô nesta última segunda-feira, fui abraçar alguém que nunca vi na vida segurando um cartaz: “Parabéns, você acabou de ganhar um abraço de alguém desconhecido!”. Este vídeo faz parte de uma mobilização que a Bel vai lançar para mobilizar o Brasil a espalhar a gentileza e desenvolver pequenas habilidades, que tem tudo a ver com o seu último livro: Procuram-se Super-Heróis.

 

Parabéns, você acaba de ganhar um abraço de alguém desconhecido!
Parabéns, você acaba de ganhar um abraço de alguém desconhecido!

Agora vou encerrar o post, verificar o status do meu vôo e procurar mais alguma coisa pra fazer caso ainda haja tempo! Abraços!!!

O que me motiva?

Mais uma vez, tenho que escrever um post para concorrer com as manifestações e com o jogo do Brasil. Difícil né? Por um lado sim, mas por outro não, existe um assunto que pra mim é hors concours: ao invés de pensar no “o que” falar, por que não falar sobre “o por quê”?

Por que eu escrevo? Ou melhor, o que me faz querer estar vivo? Calma, este não será um post profundo ou super filosófico, só quero aproveitar para refletir brevemente.

O que mais me motiva a querer ser uma pessoa melhor, sem dúvida nenhuma, é minha família! Minha mãe e minha esposa são a razão disso tudo, é por elas que eu acordo cedo, durmo tarde, trabalho, estudo… O que mais quero é poder dar orgulho para elas e poder deixar o mundo um pouco melhor do que era antes deu nascer.

Estas são quem me motivam!
Estas são quem me motivam!

Minha mãe me fez um dia refletir sobre o que eu quero, o que eu faço e o que eu deixaria para trás depois de partir desta pra melhor? Foi algo que me marcou muito e funcionou como combustível para eu querer e fazer o bem. Tem muito a ver também com o que estudei de Desenvolvimento Sustentável: deixar para as gerações seguintes, pelo menos as mesmas condições da geração atual. Na verdade quero ir além, não só deixar as mesmas condições paras as próximas gerações, mas deixar condições melhores.

Sei que é muito clichê, mas não tenho como fugir disso, a razão deu existir, escrever, querer me conhecer, conhecer os outros, mudar o mundo é para que o mundo seja melhor e para dar orgulho e feliciidade para minha família, especialmente minha mãe e meu amor, Palloma Meneghello, que tem sido a melhor companheira do mundo nesses últimos 9 anos! Te amo!

Pensamento Positivo

Durante a entrevista da Bel ontem no Jô, ela falou do FazINOVA, sua escola de empreendedorismo e porque começou. Ela disse que muitas vezes a gente sabe de algumas pequenas coisas, mas essas coisas não são ditas ou praticadas, mas são tão simples e podem fazer uma diferença imensa na sua vida. No post de hoje, quero falar um pouco disso também.

No Starbucks escrevendo este post
No Starbucks escrevendo este post

Como o pensamento positivo atrai coisas boas? Primeiro, falei com a Bel de que seria muito legal se ela pudesse ir no Jô para falar do livro que está lançando e da campanha dos Super-Heróis. Ela me disse que seria o máximo e ia ver se alguém podia ajuda-la. Sem falar nada pra ela, eu acabei escrevendo pro Jô recomendando ela para ser entrevistada, mas tenho certeza que não fui o único.

Na semana seguinte, ela me manda um email dizendo que estaria no Jô dentro de 2 semanas, incrível!!! Como eu sempre fui fã do Programa, achei a oportunidade excelente para assistir à uma gravação e ver uma amiga ser entrevistada, dois coelhos com uma cajadada só!

Foi então que procurei saber como poderia participar da platéia. Joguei no google, cai no site da Globo, mandei um email e eles me responderam dizendo que o prazo para inscrição nesta gravação já tinha acabado. Eu só poderia me inscrever para a gravação do dia 24 de junho, mas eu queria mesmo era ir no dia 17, quando a Bel estaria lá. Foi então que liguei pra Globo, falei com uma das produtoras do Jô e ela me disse que não tinha nada que eu pudesse fazer, no máximo tentar ligar na sexta-feira anterior à segunda-feira da gravação para ver se haveria alguma desistência. Insisti se havia outra maneira, mas nada. Mandei outros dois emails, e aí finalmente consegui uma vaga pra mim e outra pro meu amor. Neste email eles pediam que chegássemos às 16h15.

Por conta do trabalho, meu amor deixou pra decidir se viria de última hora e acabou que não pôde. Meu amor, estou morrendo de saudades, te amo!

Encontrei uma amiga minha no vôo, a Luiza, que ia fazer uma reunião de tarde, mas assim que pousamos, avisaram pra ela que a reunião havia sido cancelada. Eu estava prestes a ligar pra produtora para avisar que a Pa não viria e que teriam mais uma vaga na plateia, mas aí aproveitei e convidei a Lu para vir comigo e ela topou. Para entrar, só com nome na lista, mas eu estava confiante que não haveria problemas em trocar o nome de um convidado.

Chegamos na recepção da Globo, bem mais cedo, às 14h30, do que a produtora havia sugerido, às 16h15, esperamos meia hora, expliquei que a Palloma não pôde vir, mas estava com uma amiga no lugar e foi tranquilo, a segurança liberou e entramos. Nisso, ao invés de ver apenas a gravação do programa da Bel, tive a oportunidade de ver a gravação de 3 programas. Ontem já saiu a primeira gravação com o Carlos Alberto de Nóbrega e a Thauane.

Na platéia do Jô. Para ver o vídeo.
Na platéia do Jô. Clique na foto  para ver o vídeo: http://bit.ly/14gdCYD

Antes de entrar na platéia perguntei pro chefe de segurança se era lugar marcado ou se eu poderia entrar primeiro porque queria arrumar um lugar estratégico, ele me explicou que era por ordem de chamada, de uma planilha e eu não poderia escolher. Por mais um golpe de sorte (que eu prefiro chamar de pensamento positivo), uma das produtoras me colocou na segunda fileira, na primeira não daria porque é onde os convidados que vão ser entrevistados sentam. Assim, ainda pude cumprimentar os entrevistados, shake hands e tal! Se vocês assistirem o programa, poderão notar que estou na platéia à direita do Jô, atrás dos convidados entrevistados. Eu e a Lu aparecemos em alguns takes!

Lu e Eu no Jô
Lu e Eu no Jô

Pra finalizar o dia, quando ia sair da Globo para encontrar a Bel, estava rolando as manifestações e eu até pilhava de acompanhar, mas estava com mala e mochila, então achei meio tenso ficar numa manifestação carregando esse tanto de coisa. Aí, em frente aos estúdios, tem um HYATT, diárias a partir de R$ 1200, e encontrei uma ótima oportunidade para conhecer pelo menos o lobby e o bar do hotel, onde ficamos eu e a Lu por volta de umas 2 horas até a manifestação passar para podermos pegar um táxi de volta pra casa. Fiquei impressionado com o excelente atendimento que tivemos, mesmo eles sabendo que não éramos hóspedes e estávamos apenas esperando a manifestação passar!

Lições do dia: pense positivo, não aceite não como resposta quando você realmente quiser uma coisa e veja oportunidades nas adversidades!